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Entrevista: Gabriel Thomaz (Autoramas)

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O nome do novo disco não poderia ser mais propício: ‘O Futuro dos Autoramas‘. Após quase duas décadas tocando como um trio, a banda liderada pelo vocalista e guitarrista Gabriel Thomaz tem a mais significante mudança entre os integrantes. Em 2015 saíram o baterista Bacalhau – presente em todos os álbuns da banda até então – e a baixista Flavinha, para a entrada do ex-Raimundos – e conhecido de longa data de Gabriel – Fred, na bateria, Melvin, no baixo, e Érika Martins, na guitarra, percussão e teclados, trazendo o peculiar toque feminino à banda, característica que sempre marcou a personalidade do Autoramas.

AZOOFA conversou com Gabriel Thomaz sobre a nova fase, o sétimo e recém-lançado álbum, seu novo projeto paralelo e a receita para manter uma banda em alta por tanto tempo no cenário independente.

AZOOFA - Como está sendo a aceitação do disco O Futuro dos Autoramas? Já saíram as versões em LP e K7?

Gabriel Thomaz - Só saiu em CD e digital, mas parece que o K7 tá chegando. O LP deve ficar pro mês que vem. No Brasil vai sair com o vinil vermelho e na Europa com o vinil azul. Também tô na expectativa! As críticas têm sido ótimas, ganhamos um monte de notas dez aqui e lá fora! Muito obrigado! No digital já entramos nas paradas de Deezer e iTunes no Brasil, Uruguai e Noruega. Tá bom o negócio! (risos)

É o melhor álbum dos Autoramas?

Na minha suspeitíssima opinião, sim! (risos)

Os novos integrantes trouxeram muitas mudanças à sonoridade da banda? O que você destacaria de positivo nesse sentido?

Sem querer desmerecer meus camaradas, mas a entrada da Érika é o que eu mais destacaria. Temos novamente uma grande cantora na banda, coisa que não rolava desde a Simone. E deu pra explorar bastante a voz dela no disco novo. De resto, acho que é o Autoramas de sempre: as melodias, os refrães grudentos, os timbres esquisitos de guitarra, as batidas dançantes, o baixo com distorção… continua tudo ali!

Apesar da banda já ter passado por algumas trocas na formação, essa última foi a mais traumática desses quase 20 anos?

Isso é uma coisa sempre chata, mas às vezes necessária. Já faz mais de um ano, nem me lembro mais da cara do povo que saiu! (risos)

Depois de tanto tempo tocando como um trio, o que te motivou a transformar o Autoramas em um quarteto?

Mesmo na antiga formação já planejávamos colocar mais uma pessoa na banda pra tocar e cantar todas as coisas que fazíamos em disco e precisávamos adaptar ao vivo, o que às vezes era meio frustrante. Uma música antiga, como “Abstrai”, por exemplo, tem um teclado na cara e eu tinha que fazê-lo na guitarra. Agora rola tudo.

O Gabriel Thomaz Trio foi criado para saciar a vontade de manter na ativa um trampo nesse formato? Fale do projeto e quem são os músicos que te acompanham!

Temos Jairo no baixo e Peras na bateria. No Autoramas sempre tivemos muitas músicas instrumentais que adoro, mas sempre eram preteridas na hora de fazer um set list. Agora essas e muitas outras inéditas estão no repertório do Trio.

O Autoramas está sempre em alta, fazendo muitos shows – ao todo são mais de dez turnês só na Europa -, vendendo um número expressivo de discos e constantemente se reinventando. Como uma banda independente no Brasil alcança esses êxitos?

Muito trabalho e dedicação, meu amigo. Para o alto e avante!

Cite algumas bandas independentes brazucas que você anda ouvindo!

Lê Almeida, Chucrobilly, Sheila Cretina, Asteroides Trio, Dead Rocks, Mullet Monster Mafia, Beach Combers, Clashing Clouds, Canto Cego, Hover e muuuuito mais. No facebook tenho uma página chamada Prêmio Gabriel Thomaz de Música Brasileira, onde faço todo ano uma lista de melhores, dá uma checada!

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